Sinto um vento quente
e confortante!
Um vapor que nos
invade dos pés a cabeça.
Tão relaxante quanto
cânhamo um afago na alma.
Leve, alegre, suave
com um sorriso de criança!
Sinto a epiderme
arrepiar, com se fosse um toque, das mãos desejadas.
Viajo sentado num
canto de grama de olhos vidrados, no horizonte avermelhado.
Estático no vácuo, um
baroscópio, aerívoro, com muita fome, há aeragem, como corre!
E ainda sinto a
exaltação dos corpos sólidos,
Atmiatria da alma,
empsicose, quase um entrelaçar lírico!
Chego a Lua, provoco
um eclipse, a união dos contrários.
Desprendo-me do
palpável corpo frágil, ávido, um trago intrínseco.
Há sentimento livre,
como pode ser tão pleno?
Passear nos terrenos
de saudades, aleatórios como o vento.
Librar como uma pena,
e no mais infindo além renascer...
Como uma fênix e
cortar os Céus com uma estrela cadente.
PC Lima
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