sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Meninas dos olhos




No fio de luz que dentro da minha cabeça ilumina.
Trás a realidade, e fascinam os olhos, e engana...
Ruas largas cheias de nada que pudessem ser minhas.
Vontade louca e desesperada, que estúpido querer.

Em tudo que havia, tinha mais de todos os dias,
Tanto que transbordavam e escorria em todas as vias.
Era tanta energia que chocava e ardia, de gota em gota caia,
E no fim talvez secassem, mas não secou a fonte jorra, esvaia-se.

E o medo que tudo não fizesse sentido, com que objetivo?
Por que não podia ser felicidade somente, atalho para o nada?
Sinto um arrepio daqueles que me traz insegurança, matando-me por dentro,
E nada mais esta bom, o mar secou, a terra parou, não se ouve mais Tum-tum...

E vejo pelo lado de dentro as meninas mais lindas de minha vida chorar e chorarem...
Porque quis mais que a mim, sem nada repartir, correr para longe e não chegar ao fim.
O mundo não é tão pequeno e grande a ponto de engolir tanto você quanto a mim,
E sinto que não vai ser assim, sou eu quem vai sucumbir na emulação dos farrapos...

No cálice de águas vermelhas esconde a face verdadeira da mentira contada.
Mostra tudo onde não se vê nada, é o abstrato que se sente tocada.
Ervas daninhas, plantas parasitadas sugam tudo e não se alimentam de nada.
E tudo acaba onde começou, mostro-me quando me olham, e sou uma mentira mal contada. 

PC Lima

  

Nenhum comentário:

Postar um comentário